domingo, 28 de fevereiro de 2010

The Blind Side (2009)

Eu preciso iniciar esse post, dizendo que assisti ao filme duas vezes, para que os meus preconceitos não interferissem em minha opinião. Dito isso, e sabendo que é por esse longa que a Sandra Bullock está concorrendo ao Oscar, é necessário salientar que esse prêmio é dado para aqueles que se destacaram durante o ano anterior, sem levar em consideração a contribuição do profissional para o Cinema.

Michael Oher (Quinton Aaron), um garoto pobre, oriundo de uma família totalmente fragmentada e considerado "fugitivo" pelo Estado, tem um talento nato propiciado pelo seu porte físico - é um excelente jogador de futebol americano. Após entrar para uma escola religiosa particular, vê sua vida mudar de rumo, graças a ajuda da Leigh Anne Touhy (Sandra Bullock). Esta última, que em uma decisão instintiva (se é que isso existe), resolve oferecer sua casa para o garoto dormir durante uma noite, sem saber que isso não alteraria apenas a vida dele, como a sua própria. Com problemas de adaptação e socialização, "Big Mike" durante anos, nutriu um sentimento de auto-proteção e de desconfiança perante os outros. No entanto, naqueles em quem confia, passa a ser capaz de protegê-los como a coisa mais preciosa que pode haver. Inclusive, essa sua característica é hiperpotencializada na película, a fim de nos convencer dessa sua qualidade. Algumas coisas parecem ser absurdas, mas tudo bem.

Esse, portanto, é o enredo dirigido por
John Lee Hancock. É preciso dizer, que em muitos momentos, há uma forçação de barra. Em si só, a temática já é comovente, e ainda com o auxílio de certas tomadas, e de determinadas trilhas sonoras, o ambiente fica bem mais propício a explosão de emoções. Um bom exemplo para isso, é a cena em que toda a família reunida, pergunta ao rapaz se ele, em outras palavras, quer ser adotado. Com isso, quero dizer que há um maniqueísmo no roteiro, que além disso, é bastante previsível. Para mim, o único momento lúcido e difícil de ser antecipado, são as primeiras cenas. Onde não se sabe porque o Oher está sendo interrogado. No mais, a película é muito superficial, mesmo tratando de temas bem sérios. Além disso, há coisas improváveis como: alguém deixar um total desconhecido dormindo no sofá da sala de sua própria casa, ou, uma galega rica desafiando um traficante sem que nada aconteça a ela. Bom, em The Blind Side tudo isso é possível e acontece.

O momento mais esperado é o de analisar as atuações, e em especial uma, a da Sandra Bullock. Mas antes disso, quero chamar atenção, para o pequeno S.J. Tuohy (Jae Head), que está bem engraçado, e convincente no papel do caçula, que quer "pegar carona" no sucesso do novo irmão (Michael Oher). Já este último, vivido pelo Quinton Aaron, que divide as principais atuações com a Bullock, não está mais que modesto. Realmente, se não fosse o seu tamanho, passaria incrivelmente desapercebido. No entanto, a Bullock está, de fato, muito bem como a dondoca loira, mas nada que justifique tanta mídia e prêmios. Parece que depois de anos, ela acertou no papel. Mas ainda acho que não foi uma atuação dramática muito profunda em nuances e facetas. Não a vejo como melhor do que nenhuma das indicadas ao Oscar 2010, mas espero que ela continue progredindo. Comparada às outras atrizes, sua atuação não é muito significativa, mas analisando suas performances anteriores, é um grande salto.

The Blind Side está longe de ser um grande filme de drama, gênero ao qual ele pretende pertencer. Tudo é muito facilitado para o jovem Michael, não há um grande conflito, e os que aparecem são insípidos, facilmente resolvidos e pouco problematizados. Como síntese de episódios traumáticos e trágicos, tirando o início pouco desenvolvido pelo roteiro, The Blind Side não tem nada. As únicas coisas que o fazem "respirar", é a sua grande bilheteria nos Estados Unidos, e a indicação da Bullock ao Oscar de Melhor Atriz. Se não fosse isso, estaria fadado ao esquecimento.
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The Blind Side (Um Sonho Possível), Estados Unidos - 2009. Dirigido por John Lee Hancock. Com: Sandra Bullock, Kathy Bates. 128 minutos. Gênero: Drama, Esporte.

Nota: 6.5

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Você se lembra?

Esse foi um dos momentos que vibrei assistindo a entrega do Oscar. Só pela presença do, Francis Ford Coppola, George Lucas e Steven Spielberg, o momento já era mágico e único. Imagine então, quando anunciaram que o vencedor era o amigo deles, Martin Scorsese?! Além disso, após estar por cinco vezes na fila, finalmente, na sexta oportunidade em 2007, ele recebeu a sua estatueta de melhor diretor. Da sua primeira indicação ao prêmio, até o momento em que venceu, foram 27 anos de espera, então, nada mais normal do que ele fazer piada consigo mesmo, pedindo para conferir seu nome no envelope vencedor.

Clique AQUI, para ter acesso ao vídeo da premiação hospedada no youtube.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Você se lembra?

Com a proximidade de mais um Academy Awards, ficamos nos lembrando dos bons momentos propiciados pelo evento. Do 71º Oscar, acredito que os brasileiros ainda tenham recordações. Foi nesta edição, que tivemos a indicação da Fernanda Montenegro para melhor atriz, e do filme, Central do Brasil, para melhor filme de língua estrangeira.

No entanto, nesta mesma edição, ocorreu uma das maiores injustiças na categoria de melhor atriz, quando a Gwyneth Paltrow levou a estatueta para casa. Mas, nessa mesma oportunidade, estava presente o Roberto Benigni, que levou dois Oscar, um por sua atuação como melhor ator, e outro, como melhor filme em língua estrangeira. Ao receber o prêmio por este último, imortalizou-se ao subir nas poltronas de tanta euforia.

Apenas como nota, vejam que ele recebeu a honraria das mãos de ninguém menos que Sophia Loren. Além do seu entusiasmo e emoção ao chamar seu compatriota para receber o Oscar, o que salta aos olhos é o que 11 anos não fazem em uma pessoa. Ela está inreconhecível atualmente, se tomamos como parâmetro o ano de 1999.

Clique AQUI, para ter acesso ao vídeo da premiação hospedada no youtube.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Panorama pré Oscar 2010

A tabela abaixo, fornece um panorama do que aconteceu nas premiações que antecedem o Academy Awards 2010. Como todos devem estar cansados de saber, os prêmios entregues na pré temporada do Oscar, servem de baliza para se prever aquilo que ocorrerá na entrega da estatueta mais cobiçada da sétima arte. Para confeccionar a tabela, foram levados em consideração seis premiações: 1. SAG - Screen Actors Guild; 2. DGA - Directors Guild of America; 3. PGA - Producers Guild of America; 4. Globo de Ouro; 5. BAFTA - The British Academy of Film and Television Arts; e 6. Critics' Choice Movie. A tabulação dos dados pode ser vista a seguir:

Clique na imagem para vê-la em tamanho maior

Se, realmente, há uma equivalência desses resultados com o que vai acontecer no dia 07 de março no Teatro Kodak, pode-se dizer que:

1. Na categoria de Melhor Filme há uma disputa entre Avatar e The Hurt Locker, onde o último leva uma grande vantagem;
2. Na categoria de Melhor Ator, Jeff Bridges vem levando todos os prêmios dados em solo americano, entretanto, no último fim de semana, o Colin Firth levou o BAFTA, o que poderá significar uma disputa entre os atores;
3. Na categoria de Melhor Ator Coadjuvante não há mistérios, o nome do ano é Christoph Waltz.
4. Na categoria de Melhor Atriz, querem nos fazer acreditar na existência de uma briga entre Sandra Bullock e Meryl Streep, entretanto, a primeira leva vantagem por ter recebido o "The Actor" 2010 concedido pela SAG. Vale lembrar que a Carey Mulligan mostrou sua força no BAFTA, mas não creio em sua vitória no Oscar, apesar de que seria uma excelente "surpresa".
5. Na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, também não há dúvidas, o nome do ano é Mo'Nique.
6. Na categoria de Melhor Direção há uma briga entre a Kathryn Bigelow e o James Cameron, sendo que a primeira leva uma enorme vantagem sobre seu oponente. Visto que o único prêmio que o diretor ganhou foi o Globo de Ouro, e os critérios para os correspondentes selecionarem o vencedor são duvidosos.
7. Na categoria de Melhor Roteiro Original, parece haver uma disputa entre The Hurt Locker e Inglourious Basterds. Eu acredito que o último deva levar a estatueta.
8. Na categoria de Melhor Roteiro Adaptado, o favorito deve ser mesmo Up In The Air.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Vote nos melhores de 2009 do chá de poejo

Quem serão os próximos a dar uma volta com o Oscar? Não deixe de participar da votação dos melhores de 2009 aqui no chá de poejo. Você poderá escolher os melhores nas seguintes categorias:

1. Melhor Filme;
2. Melhor Atriz;
3. Melhor Atriz Coadjuvante;
4. Melhor Ator;
5. Melhor Ator Coadjuvante;
6. Melhor Roteiro Original;
7. Melhor Diretor.

O resultado final dessa enquete, sairá no dia 06 de março, data que antecede o Academy Awards - Oscar 2010. Para iniciar a sua participação, vá para a opção VOTE AQUI !!! do ícone que se encontra na parte superior do canto direito do blog (Vote nos melhores de 2009). Vote, e faça alguém levar o Oscar como passageiro, assim como está fazendo a Bette Davis no filme The Star (1952).

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Nine (2009)

Nine narra a história de Guido Contini (Daniel Day-Lewis), um cineasta em busca de inspiração e em crise criativa. Uma clara referência ao filme 8 1/2 de Fellini, onde um outro Guido, só que Anselmi, não consegue ter novas ideias para sua nova película, e vê nesse processo, uma luta íntima consigo mesmo. Seus traumas, seu passado, questões mal resolvidas, as mulheres que fizeram parte da sua vida, tudo vem à tona, e o tormento é devastador. Resumindo, em ambos os casos, a crise de consciência está presente, como também, a iminente falta de originalidade. O que há de diferente entre os longas citados, é que o dirigido pelo Rob Marshall, nem de longe se assemelha a genialidade com que é conduzido o filmado por Fellini, mesmo um sendo baseado no outro.

Sabe quando se tem a impressão de que um constelação de artistas foram reunidas, mas faltou a mão firme ou um maetro que os conduzissem? Pois bem, foi essa a leitura que eu tive. Quem leu meu comentário sobre Sangue Negro, por exemplo, sabe o quanto eu respeito e admiro o Daniel Day-Lewis, mas em Nine, ele está caricato até o último instante, e isso, quando ele consegue impressionar. Sem falar na Judi Dench (Lili), uma excelente atriz que tem uma participação diminuta, e uma cena musical terrível. É terrível tanto a execução da cena, quanto a canção que ela interpreta. Aliás, falando em canção, para um musical, foi feita uma péssima seleção de composições, com duas exceções que falo a seguir.

Os momentos que chamam um pouco a atenção são quando se canta Be Italian e Cinema Italiano. A primeira interpretada de forma bem sensual pela Stacy Ferguson (Saraghina), e a segunda, pela Kate Hudson (Stephanie Necrophuros). Entretanto, boas interpretações só vejo duas. A primeira, e indiscutível, é a da Marion Cotillard (Luisa Contini), ela está emotiva, simples e convincente no papel da "boa esposa" que depois dá um chute na bunda do marido. É incrível como seus olhos dizem tudo o que precisamos saber sobre suas emoções. E a segunda, é a Penélope Cruz (Carla Albanese) que é uma amante sensual e possessiva. Vale uma indicação ao Oscar, mas não vale vencer, entretanto, preferiria ver a Cotillard indicada.

Ahh, sobre a Sophia Loren e a Nicole Kidman prefiro não comentar. A primeira por respeito aos serviços já prestados à sétima arte, e a segunda, porque seu papel é tão morno que não incita nenhum tipo de sentimento. Antes de ver Nine me perguntava sobre a razão do seu fracasso. Não entendia como um filme desses tinha sido fadado ao esquecimento nas premiações, e parece que a resposta é Rob Marshall. Não há paixão no filme ou pelo filme, é uma sucessão de acontecimentos desconectados e piorados pelas músicas. A sensação que se tem é que estamos na platéia do teatro, e não no cinema. Marshall, volta para a Broadway!

Nine é a prova de que uma boa direção é essencial.
Desde que vi uma entrevista com a grande Bette Davis, percebi o quão uma boa direção pode interferir no trabalho das atrizes e atores. Na oportunidade, ela dizia que até seu trabalho com William Wyler em 1938, não tinha sido dirigida por ninguém, e definia a sua situação assim: “Roteiros ruins, diretores ruins". No entanto, depois de trabalhar com Wyler, ela chegou a dizer que sem ele, a sua carreira não teria sido tão fantástica. E isso vindo de Bette Davis importa muito, ela não era chegada a elogiar quem não merecesse. Assim, pode-se ter uma constelação de atores, mas sem uma boa direção, não há roteiro que se sustente, e esse, é o caso de Nine. E agora eu sei, o filme e a direção são ruins mesmo!
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Nine, Estados Unidos - 2009. Dirigido por Rob Marshall. Com: Daniel Day-Lewis, Marion Cotillard, Penélope Cruz, Nicole Kidman, Judi Dench, Stacy Ferguson, Kate Hudson, Sophia Loren. 112 minutos. Gênero: Drama, Musical.
Nota: 3.0

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

"Oh quarta feira ingrata!"

Encerrado os festejos de Momo, o chá de poejo volta ao normal com atualizações sistemáticas e comentários de filmes. Apenas para matar a saudade, um vídeo do Lenine cantando Leão do Norte, uma das canções mais belas sobre a cultura pernambucana, e que não pode faltar no carnaval de Recife ou de Olinda.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Invictus e algo a mais

Foto 1 - Morgan Freeman como Mandela em Invictus

Nada melhor do que hoje, onde se comemora os 20 anos de libertação de Mandela da prisão, para escrever sobre Invictus. Este que é o novo longa de Clint Eastwood, narra a história de Mandela, recém empossado presidente da África do Sul, e o seu envolvimento com o esporte, em busca da unificação racial/nacional do seu país. No entanto, é preciso ressaltar que Invictus não é nem biográfico, nem sobre o rugby. Na verdade, esses dois aspectos são usados apenas como elementos, importantes, porém, de passagem, para se discutir as condições sociais entre negros e brancos sul-africanos. Tendo Morgan Freeman (Nelson Mandela) no papel principal, a película consegue emocionar muito mais do que outros filmes dramáticos. Mesmo sem cenas melodramáticas, ou apelações de teor maniqueístas, a garra e a vontade de um homem em liderar seu povo em busca de reconciliação, em um Estado à beira de uma guerra civil, vale cada segundo dos 133 minutos de película.

Como de costume, Eastwood de forma simples, sempre vai ao ponto naquilo que quer. Isso é evidenciado na primeira cena do longa, que mostra a divisão entre os campos do negros e dos brancos, e os esportes praticados por ambos. Freeman está muito bem no papel, a calma característica de Mandela está presente, tal como a sua serenidade, perfeitamente representada na cena em que lê na manchete do jornal: "Ele foi capaz de ganhar uma eleição. Será capaz de governar um país?" Ao invés de retruncar negativamente a provocação, a aceita e a considera justa. Matt Damon (François Pienaar) está regular, não vi nada que chamasse muito a minha atenção e que justificasse todas as indicações a prêmios nesta temporada. Pode não ser a obra-prima do Eastwood, e de fato não é, no entanto, seu estilo direto e compreensível de tratar questões complexas mostra sua grande maturidade e entendimento sobre o cinema e a segregação racial no país de Mandela.

Os comentários sobre o filme acabam aqui, a seguir, comentários adicionais sobre a sociedade sul-africana pós-apartheid.
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Invictus, Estados Unidos - 2009. Dirigido por Clint Eastwood. Com: Morgan Freeman, Matt Damon. 133 minutos. Gênero: Drama, Histórico.
Nota: 8.5 (revista)
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Como cantava a escola de samba Unidos de Vila Isabel em seu desfile antológico no carnaval de 1988, "e que o "apartheid" se destrua", de fato, o sistema implantado pelos descendentes dos colonizadores caiu por terra em 1994 quando Mandela tornou-se presidente. No entanto, nem tudo que foi prometido pelo seu governo, foi cumprido. É claro que isso aconteceria, e que a realidade é mais difícil do que a revelada na película. Os desníveis entre brancos e negros não foram extintos com o jogo de rugby retratado.

A situação da próxima sede da Copa do Mundo de Futebol ainda é complicada. A lógica do Apartheid ainda funciona para explicar as desigualdades sociais na África do Sul dezesseis anos após seu término. Os brancos recebem mais que sete vezes aquilo que os negros ganham. E gastam mais do que seis vezes quando comparado com os negros. Além disso, se juntarmos o grupo branco, ao de asiáticos, eles representam aproximadamente, 80% dos rendimentos e despesas na África do Sul, sendo que juntos, eles somam apenas, 13,1% da população.

No entanto, mais alarmante é observar a linha de pobreza na África do Sul, e analisar como ela se comporta quando a dividimos pelo balizador raça. Se temos como parâmetro para a linha de pobreza o valor de $ 1/dia, temos que mais de 11% dos negros estão abaixo dessa linha, mas se o critério for, $ 2/dia, esse valor sobe para mais de 40% da população negra. No entanto, quando olhamos a curva que caracteriza os brancos, vemos que eles são os mais abastados, e que os valores monetários colocados na reta não satisfazem sua curva.

Novamente, sendo que o assunto agora é educação, observamos a predominância de brancos quando comparado aos negros. Apenas 5% de negros conseguem alcançar o ensino superior neste país. Enquanto que mais de 30% dos brancos alcançam esse feito. Além disso, 30% e 20% dos negros alcançam apenas o nível primário e secundário de instrução respectivamente, obtendo valores maiores do que os brancos, mas isso é explicado pelo fato destes, conseguirem alcançar o topo da hierarquia do ensino, e logo, não ficam apenas no ensino secundário ou primário. No mais, quase 15% da população negra sul-africana, não possui educação formal, enquanto que isso para os brancos inexiste.

Sem dúvida, a África do Sul continua sendo um dos países mais desiguais do mundo. Em 2001, seu coeficiente de Gini alcançou o patamar de 0,64 - lembrando que quanto mais o valor se aproxima de 1,00, pior é a distribuição de riquezas do país - ou seja, um valor muito alto. E o pior, mesmo depois do Apartheid, a desigualdade não vem retraindo. Outro fato alarmante, é a concentração de renda dentro dos próprios grupos raciais. Se tomarmos o grupo negro, vemos que seu coeficiente é de 0,72 em 2001, muito superior ao dos brancos que é 0,60, e a média nacional de 0,64 para 2001.

Esse breve panorama serve para dizer que os ideais de igualdade de Mandela ainda estão longe de se tornarem realidade. Mas imagine o que seria da África do Sul, se em 1994 seu presidente não tivesse prezado pela reconciliação, e o país tivesse entrado em guerra civil?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Lars von Trier + Penélope Cruz = Melancholia

Penélope Cruz, após ser musa de Almodóvar e Woody Allen, deverá protagonizar uma película do Lars von Trier. Ele que já fez filmes com Björk, Nicole Kidman e, recentemente, Charlotte Gainsbourg (Anticristo). Os dois vão trabalhar juntos na nova empreitada do diretor dinamarquês, "Melancholia", que está sendo definido como uma mistura de drama psicológico e filme-catástrofe. A produção do longa foi anunciada, em outubro do ano passado, e von Trier disse apenas que não faria "nada de finais felizes". Como se seus filmes fossem felizes e divertidos. "Melancholia" será um filme sombrio que mostra "um desastre sob um ponto de vista psicológico". O lançamento está previsto para o Festival de Cannes de 2011.

Fontes: 1 e 2.

Vote nos melhores de 2009 no chá de poejo

Não deixe de participar da votação dos melhores de 2009 aqui no chá de poejo. Você poderá escolher os melhores nas seguintes categorias:

1. Melhor Filme;
2. Melhor Atriz;
3. Melhor Atriz Coadjuvante;
4. Melhor Ator;
5. Melhor Ator Coadjuvante;
6. Melhor Roteiro Original;
7. Melhor Diretor.

O resultado final dessa enquete sairá no dia 06 de março, data que antecede o Academy Awards - Oscar 2010. Para iniciar a sua participação, vá para a opção VOTE AQUI !!! do ícone que se encontra na parte superior do canto direito do blog (Vote nos melhores de 2009). Vote logo, antes que a Shosanna leve todos os prêmios para casa.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Notícias do 60º Festival de Berlim

O Festival de Berlim que é um dos mais importantes de cinema do mundo, completa 60 anos em 2010. Esse ano, os ursos de ouro e de prata, serão entregues entre 11 e 21 de fevereiro. Dentre as várias mostras, estão contidas na programação, duas importantes homenagens. Uma delas, à Marlene Dietrich, a famosa atriz de Marrocos, será a primeira estrela a compor o Bulevar da Fama berlinense. A atriz e cantora alemã naturalizada americana, foi indicada por um júri, designados por instituições como a Cinemateca Alemã e a Academia Cinematográfica. O evento deve ocorrer nesta quinta-feira por conta do início do festival. O segundo momento interessante, será a apresentação do longa Metrópolis produzido em 1927 pelo diretor Fritz Lang, um dos símbolos do expressionismo alemão. Entretanto, a película mostrada será uma restauração da original, tudo isso, em uma Berlim congelante.

Abaixo, fotos de Marlene Dietrich e de um cartaz do filme Metrópolis.

Clique aqui para navegar no site oficial do festival.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Alguns dos mais badalados do ano

Sem muito tempo, nem juízo, afinal de contas, há muito já é carnaval aqui em Recife. Mas para não perder o ritmo, vou colocar um ensaio legal que vi na Vanity Fair. Ponho algumas fotos a seguir, no link pode-se ver todo o ensaio, e os créditos das imagens.

Foto 1 - Kathryn Bigelow com Jeremy Renner. Um filme juntos: The Hurt Locker (2008).

Foto 2 - Lee Daniels com Mo’Nique e Gabourey Sidibe. Um filme juntos: Precious: Based on the Novel Push by Sapphire (2009).

Foto 3 - Pedro Almodóvar com Penelópe Cruz. Quatro filme juntos: Carne Trémula (1997), Tudo sobre minha mãe (1999), Volver (2006), e Los Abrazos Partidos (2009).

Foto 4 - Nora Ephron com Meryl Streep. Três filmes juntas: Silkwood (1983) e Heartburn (1986) com Ephron como escritora, e Julie & Julia (2009) com Ephron como escritora-diretora.

Foto 5 - Tom Ford com Colin Firth e Julianne Moore. Um filme juntos: A Single Man (2009).

Foto 6 - Quentin Tarantino com Christoph Waltz. Um filme juntos: Bastardos Inglórios (2009). A melhor foto de todas!

Você pode ver o making-off das fotos no vídeo a seguir:


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Dirimindo dúvidas

Enquanto para muitos, a disputa para se decidir o melhor filme do ano de 2009 está entre Guerra ao Terror e Avatar, inclusive no Oscar 2010, para mim, a batalha de titãs acontece entre Bastardos Inglórios e Guerra ao Terror. Ao assistir a película dirigida pela Kathryn Bigelow, surgiu uma dúvida, quem é o melhor, Bastardos Inglórios ou Guerra ao Terror? Inclusive, em postagem publicada em 26 de janeiro de 2010, escrevia:

Nota pessoal:

Desde outubro do ano passado, quando vi Bastardos Inglórios, que para mim, ele era o favorito em qualquer premiação. No entanto, depois de ver Guerra ao Terror, entrei em conflito com as minhas preferências. No momento, eu já não sei quem indicaria como melhor do ano, essa que é uma dúvida saudável, me levará a ver o longa do Tarantino novamente, a fim de sanar esse problema com minha escolha.

Desde já, informo que minha dúvida desapareceu, e que o longa do Tarantino venceu essa guerra de titãs, e dez foram os motivos para isso.

1. Bastardos Inglórios é um filme feito para cinéfilo, para quem gosta do melhor do cinema. A cada momento respira-se cinema, desde o palco do desfecho final do longa, até as citações ao cinema alemão.

2. Tem um elenco incrível, com poucas estrelas, mas que cumprem muito bem os seus papéis.

3. Só nele eu vejo a Shosanna (Mélanie Laurent) se vestindo de vermelho, pronta para matar ao som de Cat People (Putting out Fire) do David Bowie. Sensacional!

4. Só nele, eu também vejo o Coronel Hans Landa (Christoph Waltz) dando uma gargalhada da desculpa da Bridget von Hammersmark (Diane Kruger) para o gesso na perna, e depois, ele retirando meticulosamente a sandália dela. Fora o cinismo, a ironia e o sarcasmo do Coronel da SS. Imperdível!

5. Os diálogos inteligentes e o roteiro original fazem com que a trama flua por mais de duas horas e meia, sem que o espectador se canse.

6. As partes em que o filme é dividido se encaixam perfeitamente, dando a película,
coerência artística, coesão narrativa e beleza estética.

7. Há uma subversão histórica. Tarantino brinca com a história oficial, incluindo a operação Kino, que tem o objetivo de matar todos os comandantes do alto escalão nazista, inclusive, o próprio Hitler. E ele consegue fazer isso...

8. Só em Bastardos Inglórios há uma "Vingança Judia".

9. Percebe-se, claramente, o amadurecimento do diretor. Não há violência gratuita, nem diálogo impensado, há por trás disso, alguém mais experiente e maduro. E ele tem consciência disso, tanto que no final ao marcar a suástica na testa do Hans Landa, o Tenente Aldo Raine (Brad Pitt) diz: "Acho que essa é minha obra prima." E eu concordo!

10. Foi o único que quando sai do cinema, eu disse: acabei de ver um clássico da sétima arte. E isso já é o suficiente!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Precious: Based on the Novel Push by Sapphire (2009)

Foto 1 - Gabourey Sidibe e Mo'Nique em Precious

Uma coisa que sempre digo, funciona muito bem para Precious: Based on the Novel Push by Sapphire, nada nunca é tão ruim que não possa piorar. Isso pode muito bem resumir a história de Claireece Jones Precious (Gabourey Sidibe), 16/17 anos, negra, moradora do Harlem, analfabeta, obesa, mãe de duas crianças, tem uma série de complexos, dentre os quais, sonha ser branca, magra e com cabelos loiros e lisos, fora isso, possui uma relação destrutiva com a sua mãe, Mary (Mo'Nique). Após ser expulsa do colégio que cursava o ensino médio - vale ressaltar, que o colégio era do tipo, finge que te ensino e você finge que aprende - tem uma proposta para estudar em uma escola alternativa, Each One Teach One. E daí sua vida começa a se transformar, não necessariamente para melhor, mas pelo menos com maior autonomia.

Dois pontos precisam ser enfatizados na película: as atuações e o roteiro. As performances são sustentadas por duas atrizes principais, a Gabourey Sidibe e a Mo'Nique. A primeira é uma atriz principiante, de apenas 26 anos, que nem por isso deixa a desejar, muito pelo contrário. Convenhamos que interpretar uma garota com tantas adversidades como as que elenquei acima não é tarefa fácil. No entanto, a Sidibe consegue nos impressionar, e nos convence a cada olhar, a cada expressão. Além disso, as falas são das mais pesadas e realistas, que ao mesmo tempo nos choca e nos emociona. E ela com a maior maturidade e tranquilidade consegue transmitir muito bem cada faceta e cada momento da sua personagem, de fato, merece todas as indicações, e todo o reconhecimento que está tendo. Vamos ficar de olho nela!

Nesse mesmo sentido, Mo'nique interpreta a mãe da Sidibe, uma mulher que pouco se importa com a filha, que a faz de escrava, e que a maltrata tanto fisicamente, quanto psicologicamente. A única funcionalidade da filha e da neta, é que ambas estão cadastradas no programa de ajuda do Estado, o que faz que no final do mês ela receba uma determinada quantia de dinheiro. Os pontos altos da sua atuação são a discussão com a filha na escada, a discussão também com a filha quando esta volta do hospital com o novo filho, e já no final com a assistente social (
Mariah Carey). Em performances arrebatadoras, violentas e convincentes, Mo'Nique merece cada indicação e cada prêmio que tem recebido. Outra atriz que está bem, é a Paula Patton, ela faz a professora (Srta. Rain). De fato, ela não aparece muito por conta do seu papel, mas auxilia muito bem a Sidibe (Precious) nas cenas que fazem juntas.

Para acabar os comentários sobre as performances, é preciso falar da Mariah Carey e do Lenny Kravitz. Os dois não comprometem a qualidade final do filme, mas poderiam ser trocados por outros atores, até porque a Mariah Carey está com a mesma cara da primeira até a última vez que aparece, seja em um momento descontraído, ou em momentos de maior tensão. E o Kravitz está com uma expressão, o que estou fazendo aqui? Como pouco aparecem, não prejudicam o resultado final, até porque só a Sidibe e a Mo'Nique já valem a pena.

O segundo ponto é o roteiro adaptado de um romance de
Sapphire, escrito por Geoffrey Fletcher indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. As falas são do início ao fim incrivelmente tocantes, não como os idealizadores de The Blind Side fizeram, de maneira maniqueista, onde uma rica branca ajuda um negro pobre. A forma como a trama transcorre é em cada momento, original, não pela história que não é novidade para ninguém, mas pela força dos diálogos e claro, a interpretação das atrizes.

O diretor Lee Daniels, em muito momentos, utiliza o recurso da “câmera na mão tremida”, para passar a impressão de que o espectador é testemunha do dia a dia de Precious. A história contada por Daniels não é original, como também as técnicas utilizadas no longa. No entanto, essa peça ganha vigor por causa das atuações marcantes das duas protagonistas, apoiadas em momentos e falas dramáticas de tirar o fôlego. Só isso, vale as quase duas horas de atenção, porque é o típico filme difícil de esquecer.

Para ver o site oficial do longa, clique aqui.
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Precious: Based on the Novel Push by Sapphire (Preciosa - Uma História de Esperança), Estados Unidos - 2009. Dirigido por Lee Daniels. Com: Gabourey Sidibe, Mo'Nique, Paula Patton, Mariah Carey, Lenny Kravitz. 110 minutos. Gênero: Drama.
Nota: 9.2

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A Serious Man (2009)

Foto 1 - Larry Gopnik (Michael Stuhlbarg) em A Single Man

Não há como negar que acabei de ver um longa dos Irmãos Coen, tal como se anunciava aos quatro ventos, A Serious Man (Um Homem Sério) é cheio de sutilezas, críticas e humor negro. Se há uma tese que esses dois perseguem é a de que ninguém se importa com ninguém, entre as pessoas não existem laços de solidariedade, e o que todos querem é a hora de voltar para casa depois de um dia exaustivo. Nesse contexto, Larry Gopnik (Michael Stuhlbarg) vê a sua vida desabar, na família, no trabalho, sua saúde, tudo o que ele construiu, é paulatinamente, e às vezes, repetinamente, convertido em pó.

A pergunta principal é: Ser sério é suficiente na vida? Os Irmãos Coen levantam uma série de evidências negando aquilo que pareceria natural ser respondido com um sim. Até que ponto somos éticos e arcamos com as consequências disso? Esses são alguns temas desenvolvidos pela trama, em um universo que de vez em quando é impossível captar o real do imaginário, já que o Larry Gopnik passa a oscilar entre esses dois polos, em certos momentos. Os seres humanos são utilitários? Parece que do ponto de vista deles, a resposta é sim. Basta ver como é mostrado o relacionamento do Larry Gopnik com a sua esposa Judith Gopnik (Sari Lennick). No entanto, eles (Irmãos Coen) estão perdoados, afinal de contas, ambos são norte-americanos, e lá, a ética individualista é levada a sério.

Não posso dizer que o filme é ruim, não tenho dúvida que está (MUITO) acima da média. Inclusive, não possui uma das melhores trilhas sonoras, mas é bem legal ouvir Somebody to Love do Jefferson Airplane nele. Os atores também não estão mal, todos cumprem bem seus papéis. O Michael Stuhlbarg demonstra bem a paranóia que vive o seu personagem, um homem que vive para o trabalho, sem vínculos sociais, que pouco tem contato com seus filhos e esposa, enfim, Um Homem Sério que não se dá o luxo de transgredir convenções. Entretanto, não há nem do Stuhlbarg, nem de nenhum outro ator, uma perfomance digna de premiações, ou elogios mais calorosos.

Nesse mesmo sentido, devo falar do roteiro e do ritmo com o qual é
dirigido. Na metade do filme, parece que o longa não vai andar para canto nenhum, esse momento coincide com as visitas que o Larry Gopnik faz aos rabinos. Estranho que ao mesmo tempo em que são passagens cruciais para se compreender a trama, deixa o filme mais lento do que deveria ser. De fato, diferentemente, de Queime Depois de Ler, A Serious Man não será uma película a cair no gosto da maioria, o esforço compreensivo empreendido para captar as ideias do roteiro é infinitamente maior do que no primeiro, quando na verdade, eles estão falando das mesmas coisas, só que de maneiras diferentes.

Tal como Lars von Trier, os irmãos Coen apresentam a ideia de que a bondade e a correção de atos podem ser duramente penalisadas. Por um lado, temos a Selma Jezkova (Björk) e a Grace (Nicole Kidman) que sofrem ao ajudar e serem prestativas, e por outro, o Larry Gopnik que tenta ser honesto em suas ações, e servir a comunidade, mas acaba com o seu mundo desmoronando. Em A Serious Man, os irmãos Coen tiveram a coragem que faltou a Jason Reitman em Amor sem Escalas, para saber, você terá que ver o filme. No mais, você acaba pensando, será mesmo que Hobbes estava certo? Afinal de contas, o homem é lobo do próprio homem? Não me resta dúvidas de que para os diretores americanos a resposta é sim, e A Serious Man é mais uma prova disso.

Para ver o site oficial de A Serious Man, clique aqui.
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A Serious Man (Um Homem Sério), Estados Unidos, Reino Unido e França - 2009. Dirigido por Ethan Coen e Joel Coen. Com: Michael Stuhlbarg, Richard Kind, Fred Melamed, Sari Lennick, Aaron Wolff. 106 minutos. Gênero: Comédia, Drama.
Nota: 9.3

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Vote nos melhores de 2009 no chá de poejo

Já está disponível a planilha de votos dos melhores de 2009. Os indicados foram escolhidos no período de 07 de janeiro a 01 de fevereiro, aqui mesmo no blog, o resultado pode ser conferido aqui. Dessa vez, haverá uma lista de pré-selecionados, onde o votante deve escolher um, dentre os elencados. Você poderá escolher os melhores nas seguintes categorias:

1. Melhor Filme;
2. Melhor Atriz;
3. Melhor Atriz Coadjuvante;
4. Melhor Ator;
5. Melhor Ator Coadjuvante;
6. Melhor Roteiro Original;
7. Melhor Diretor.

O resultado final dessa enquete sairá no dia 06 de março, data que antecede o Academy Awards - Oscar 2010. Para iniciar a sua participação, vá para a opção VOTE AQUI !!! do ícone que se encontra na parte superior do canto direito do blog (Vote nos melhores de 2009).

Os indicados oficiais ao Academy Awards - Oscar 2010

Veja abaixo os indicados oficiais ao Oscar 2010, e alguns poucos comentários, já que não houve muitas surpresas.

A única surpresa da lista foi The Blind Side, talvez por isso, quando anunciada a sua indicação, todos aqueles aplausos e gritos. (500) Dias com Ela e Invictus teriam sido escolhas melhores.

Não houve surpresas, essa lista bate totalmente com o resultado da enquete que foi divulgada ontem neste blog.

Aqui uma surpresa, Maggie Gyllenhaal por Crazy Heart. Pena a Juliane Moore ter ficado de fora.

Não houve surpresas, essa lista bate totalmente com o resultado da enquete que foi divulgada neste blog.

Essa lista bate com a divulgada no blog, só que nela havia seis nomes, dentre eles Richard Kind que não foi indicado, até porque no Oscar, são apenas cinco o número de selecionados.

Pena Amor sem Escalas não ter sido indicado nesta categoria. É uma surpresa para mim. Apesar de não estar ontem nos selecionados do blog, Up - Altas Aventuras é uma boa escolha. Os dois longas que estão na lista do blog e que não foram indicados ao Oscar são: (500) Dias com Ela e Amor sem Escalas.

Como em outras categorias, nesta também não houve surpresas, todos os nomes já eram esperados.

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Nestas categorias avaliadas pelo chá de poejo, poucas foram as surpresas, tudo correu dentro do esperado. Agora é esperar pelo grande dia da entrega do Academy Awards em sua 82ª versão, que acontece em 07 de março.

No mais, convido os leitores a votar na última etapa dos melhores do ano do chá de poejo. A enquete deverá estar disponível em breve, e será encerrada na véspera da entrega do Oscar 2010.

Para ver as indicações no site oficial, clique aqui. Além disso, lá você terá acesso as outras indicações aos prêmios da Academia.

Resultado da seleção dos melhores de 2009

Como alguns sabem, desde o dia 07 de janeiro de 2010, estava aberta a votação para que os visitantes do chá de poejo pudessem selecionar os 05 melhores de 2009 em sete categorias cinematográficas. Após quase um mês, e horas antes da divulgação oficial dos indicados ao Academy Awards 2010 (Oscar), são postados os preferidos dos nossos eleitores. Veja a seleção a seguir, em ordem alfabética.


1. MELHOR FILME

Amor sem Escalas / Avatar / Bastardos Inglórios / Guerra ao Terror / Preciosa


Ainda foram citadas, mas não tiveram indicações suficientes, as seguintes películas seguidas das suas porcentagens de votos: (500) Dias com Ela (6,25%), Up - Altas Aventuras (4,17%), Nine (4,17%), Educação (4,17%), Distrito 9 (2,08%), Coco Avant Chanel (2,08%), Invictus (2,08%), Um Homem Sério (2,08%) e Simplesmente Complicado (2,08%).


2. MELHOR ATRIZ

Carey Mulligan por Educação / Gabourey Sidibe por Preciosa / Helen Mirren por The Last Station / Meryl Streep por Julie & Julia / Sandra Bullock por The Blind Side

Ainda foram citadas, mas não tiveram indicações suficientes, as seguintes atrizes seguidas das suas porcentagens de votos: Emily Blunt por The Young Victoria (7,32%), Audrey Tautou por Coco avant Chanel (4,88%), Hilary Swank por Amelia (2,44%), Meryl Streep por Simplesmente Complicado (2,44%), Mélanie Laurent por Bastardos Inglórios (2,44%) e Zoe Saldana por Avatar (2,44%).


3. MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Anna Kendrick por Amor Sem Escala / Diane Kruger por Bastardos Inglórios / Julianne Moore por A Single Man / Mo'Nique por Preciosa / Penélope Cruz por Nine / Vera Farmiga por Amor Sem Escalas

Ainda foram citadas, mas não tiveram indicações suficientes, as seguintes atrizes seguidas das suas porcentagens de votos: Mélanie Laurent por Bastardos Inglórios (6,53%), Amy Adams por Julie & Julia (2,17%), Judi Dench por Nine (2,17%), Marion Cotillard por Inimigos Públicos (2,17%) e Zoe Saldana por Avatar (2,17%).

OBS.: Eram para ser apenas cinco indicadas, entretanto, houve um empate e não havia critérios de desempate, por isso, temos seis candidatas nesta categoria.


4. MELHOR ATOR

Colin Firth por A Single Man / George Clooney por Amor sem Escalas / Jeff Bridges por Crazy Heart / Jeremy Renner por Guerra ao Terror / Morgan Freeman por Invictus

Ainda foram citados, mas não tiveram indicações suficientes, os seguintes atores seguidos das suas porcentagens de votos: Daniel Day-Lewis por Nine (6,98%), Sharlto Copley por Distrito 9 (4,65%), Michael Stuhlbarg por Um Homem Sério (4,65%), Robert Downey Jr. por Sherlock Holmes (2,33%), Brad Pitt por Bastardos Inglórios (2,33%) e Joseph Gordon-Levitt por (500) Dias com Ela (2,33%).


5. MELHOR ATOR COADJUVANTE

Christoph Waltz por Bastardos Inglórios / Christopher Plummer por The Last Station / Matt Damon por Invictus / Richard Kind por Um Homem Sério / Stanley Tucci por Um Olhar no Paraíso / Woody Harrelson por The Messenger

Ainda foram citados, mas não tiveram indicações suficientes, os seguintes atores seguidos das suas porcentagens de votos: Alec Baldwin por Simplesmente Complicado (4,76%), Peter Sarsgaard por Educação (4,76%) e Alfred Molina por Educação (2,38%).

OBS.: Eram para ser apenas cinco indicados, entretanto, houve um empate e não havia critérios de desempate, por isso, temos seis candidatos nesta categoria.


6. MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

(500) Dias com Ela / Amor sem Escalas / Bastardos Inglórios / Guerra ao Terror / Um Homem Sério

Ainda foram citadas, mas não tiveram indicações suficientes, as seguintes películas seguidas das suas porcentagens de votos: Distrito 9 (7,50%), Up - Altas Aventuras (7,50%), Educação (5,00%), O Anticristo (2,50%), Simplesmente Complicado (2,50%), O Fantástico Sr. Raposo (2,50%) e Preciosa (2,50%).


7. MELHOR DIRETOR(A)

James Cameron por Avatar / James Reitman por Amor sem Escalas / Kathryn Bigelow por Guerra ao Terror / Lee Daniels por Preciosa / Quentin Tarantino por Bastardos Inglórios

Ainda foram citados, mas não tiveram indicações suficientes, os seguintes diretores seguidos das suas porcentagens de votos: Neill Blomkamp por Distrito 9 (4,55%), Rob Marshall por Nine (2,27%), Clint Eastwood por Invictus (2,27%), Marc Webb por (500) Dias com Ela (2,27%) e J.J. Abrams por Star Trek (2,27%).

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Em última análise, esse resultado reflete as preferências de um conjunto de eleitores. No entanto, as minhas indicações não foram tão diferentes da seleção aqui mostrada. Só tenho duas ressalvas a fazer, nas duas categorias de coadjuvantes. Eu não indicaria a Penélope Cruz e o Woody Harrelson. No mais, acredito que o que será anunciado, daqui a pouco, em Hollywood, vai ser bem próximo disso.

A propósito, agradeço a todos que votaram, e desde já, faço o convite para que você participe da última fase do processo seletivo, onde se indicará o melhor do ano, nessas mesmas sete categorias. A enquete deverá estar disponível já nesta noite (02/02), e será encerrada na véspera da entrega do Oscar 2010.