sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Dirimindo dúvidas

Enquanto para muitos, a disputa para se decidir o melhor filme do ano de 2009 está entre Guerra ao Terror e Avatar, inclusive no Oscar 2010, para mim, a batalha de titãs acontece entre Bastardos Inglórios e Guerra ao Terror. Ao assistir a película dirigida pela Kathryn Bigelow, surgiu uma dúvida, quem é o melhor, Bastardos Inglórios ou Guerra ao Terror? Inclusive, em postagem publicada em 26 de janeiro de 2010, escrevia:

Nota pessoal:

Desde outubro do ano passado, quando vi Bastardos Inglórios, que para mim, ele era o favorito em qualquer premiação. No entanto, depois de ver Guerra ao Terror, entrei em conflito com as minhas preferências. No momento, eu já não sei quem indicaria como melhor do ano, essa que é uma dúvida saudável, me levará a ver o longa do Tarantino novamente, a fim de sanar esse problema com minha escolha.

Desde já, informo que minha dúvida desapareceu, e que o longa do Tarantino venceu essa guerra de titãs, e dez foram os motivos para isso.

1. Bastardos Inglórios é um filme feito para cinéfilo, para quem gosta do melhor do cinema. A cada momento respira-se cinema, desde o palco do desfecho final do longa, até as citações ao cinema alemão.

2. Tem um elenco incrível, com poucas estrelas, mas que cumprem muito bem os seus papéis.

3. Só nele eu vejo a Shosanna (Mélanie Laurent) se vestindo de vermelho, pronta para matar ao som de Cat People (Putting out Fire) do David Bowie. Sensacional!

4. Só nele, eu também vejo o Coronel Hans Landa (Christoph Waltz) dando uma gargalhada da desculpa da Bridget von Hammersmark (Diane Kruger) para o gesso na perna, e depois, ele retirando meticulosamente a sandália dela. Fora o cinismo, a ironia e o sarcasmo do Coronel da SS. Imperdível!

5. Os diálogos inteligentes e o roteiro original fazem com que a trama flua por mais de duas horas e meia, sem que o espectador se canse.

6. As partes em que o filme é dividido se encaixam perfeitamente, dando a película,
coerência artística, coesão narrativa e beleza estética.

7. Há uma subversão histórica. Tarantino brinca com a história oficial, incluindo a operação Kino, que tem o objetivo de matar todos os comandantes do alto escalão nazista, inclusive, o próprio Hitler. E ele consegue fazer isso...

8. Só em Bastardos Inglórios há uma "Vingança Judia".

9. Percebe-se, claramente, o amadurecimento do diretor. Não há violência gratuita, nem diálogo impensado, há por trás disso, alguém mais experiente e maduro. E ele tem consciência disso, tanto que no final ao marcar a suástica na testa do Hans Landa, o Tenente Aldo Raine (Brad Pitt) diz: "Acho que essa é minha obra prima." E eu concordo!

10. Foi o único que quando sai do cinema, eu disse: acabei de ver um clássico da sétima arte. E isso já é o suficiente!

4 comentários:

Fernando disse...

Não tenho dúvidas: para a gente que gosta de cinema, Bastardos Inglórios é o melhor filme da temporada!!! Mas no conjunto da obra e premiações, deve levar Avatar, esta é a minha opinião.

Vinícius P. disse...

Para mim, a maior disputa para filme do ano está entre "Avatar" e "Bastardos Inglórios" (não em termos de premiações, mas de qualidade mesmo). É por diferença mínima, mas acho que prefiro o do Tarantino.

bruno knott disse...

Eu acharia extremamente injusto Avatar levar o prêmio de melhor filme, mas, melhor diretor seria merecido até.

E tava na mesma situação que você. Me decindindo entre Guerra ao Terror e Bastardos. Tb cheguei a conclusão que Bastardos é melhor.

O roteiro do Bastardos é excelente. Eu li ele inteiro e em nenhum momento me cansei. Foi uma experiência quase tão legal quanto assistir ao filme.

Abraços!

Santiago. disse...

Fernando,
concordo contigo cara.

Abraço!


Vinícius,
Avatar não me encheu os olhos, você deve ter lido meu post sobre o filme. Continuo preferindo Guerra ao Terror e Bastardos Inglórios, dando ao último, o título de melhor.

Abraço!


Bruno,
onde foi que você conseguiu o roteiro do filme? Tem como repassar?

Abraço!

Postar um comentário