segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Um tempo afastado

Estou escrevendo este post para avisar que irei me afastar temporariamente do blog. Ou seja, se cada vez mais as postagens ficarem rarefeitas, não significa que desisti do chá de poejo. Ocorre que nessas duas últimas semanas de novembro, estarei decidindo o que irei fazer nos próximos dois anos da minha vida. Então, todo meu tempo, talento e energia serão destinados para essa difícil tarefa que eu tenho que enfrentar. Em breve, eu volto!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Coco avant Chanel (2009)

O filme, Coco avant Chanel (Coco antes de Chanel - 2009), narra a história de vida de Gabrielle Chanel, que mais tarde viria a se tornar, Coco Chanel. Quando criança, juntamente com a irmã, foi criada em um orfanato e logo cedo descobriu o significado da perda, da ausência dos pais e das dificuldades que alguém sem bens enfrenta para sobreviver. Na juventude, trabalha numa alfaiataria e canta em um cabaré para prover o seu sustento. Em uma das suas apresentações conhece o rico Étienne Balsan, que por ser influente na sociedade parisiense, abre indiretamente portas que a levaria ao sucesso. É contrariando as convenções da sua época que Coco Chanel cria o estilo da mulher contemporânea.
Foto 1 - Audrey Tautou em Coco avant Chanel (2009) em um dos seus modelos preferidos as camisas listradas
Em uma época onde mulheres fúteis, afetadas e muitas vezes submissas era a regra, Coco surge com uma proposta que indicava um modo simples, sóbrio e confortável de se vestir, onde o menos era o mais. Ou seja, elegância, sim, mas sem exageros. Como dito, antes de despontar no mundo da moda, até então, Gabrielle cantava em cabarés, mas ela teve a oportunidade de encontrar as pessoas certas, nas horas certas. Entretanto, seu sucesso não foi alcançado de maneira fácil. Ela precisou escolher entre uma vida estável e medíocre, mas que lhe garantia estabilidade, ou arriscar e despontar no mundo da moda. Não preciso dizer que ela optou pela segunta alternativa. Coco Chanel foi a mais influente estilista francesa, e uma mulher de visão progressista. Até hoje, sua moda dita regra no cenário da moda mundial. Hoje, a Chanel é uma empresa de vestuário especializada em peças de luxo e perfumes refinados. A Chanel tem agradado muitas celebridades desde que foi criada, com suas peças de luxo sendo cobiçadas por estrelas do cinema como: Catherine Deneuve, Nicole Kidman, Audrey Tautou e Marilyn Monroe.

Foto 2 - Audrey Tautou como Coco Chanel em uma das cenas finais da película
O filme, entretanto, melhora com o seu desenvolvimento, da mesma forma que a atuação da Audrey Tautou evolui com o progresso de Coco Chanel. Há uma sintonia fina entre a atriz e a vida da personagem. Tautou constroi um papel com grande riqueza de detalhes, simpatia e competência, deixando claro, que não é uma atriz de papel único. Além da boa atuação da protagonista, vemos na película uma bela fotografia. Destaco as cenas finais, por volta dos 96 min., especialmente, quando se mostra os momentos de criação das roupas com a marca Chanel, e as cenas do desfile. Sem falar da simplicidade e beleza das camisas listradas que era uma de suas características criar. Quando não, utilizava roupas predominantemente de cor preta, pois segundo ela, apenas o preto ressalta o olhar. Não há um momento de revelação instântanea da genialidade de Coco Chanel no longa, pelo contrário, nós somos convidados a junto com a protagonista, passo a passo, ir descobrindo suas influências e características, que estão diretamente ligadas ao dia-a-dia das pessoas comuns. E acredito que ai está a maior qualidade do longa, ou seja, é um filme biográfico que não cai no lugar comum de mostrar o personagem como alguém extraordinário, que só falta ter poderes mágicos. Parece que a Anne Fontaine segue uma das premissas de Coco, o menos é o mais. Coco avant Chanel (2009) está longe de ser um filme arrebatador e empolgante, mas é belo e tem um quê de artesanal, onde cada momento é precisamente construído e essencialmente delicado, suave e belo.

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Coco avant Chanel, França - 2009. Dirigido por Anne Fontaine. Com: Audrey Tautou, Benoît Poelvoorde, Alessandro Nivola, Emmanuelle Devos. 105 min.. Gênero: Biografia e Drama.
Nota: 8.5

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Nova manchete

Foto 1 - Para ampliar a imagem basta clicar nela

Eu tenho uma nova manchete, uma nova interpretação sobre o jogo, para os amigos da globo.com. O Sport é rebaixado, mas atrapalha o Palmeiras. Não foi isso que aconteceu? Que tal ser mais imparcial? O Palmeiras volta a ser líder... hahaha, ele ou o árbitro? Kfouri, às vezes, é sensato, "O saldo de gols que devolve a liderança episódica ao Verdão parece insuficiente para tranquilizar a massa alviverde."

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Bette Davis on my mind

Olha que homenagem bacana, para a Bette Davis, com vários momento da sua carreira eu achei:

sábado, 7 de novembro de 2009

O outro lado de Hollywood (1995)

Por esse dias estreou nos cinemas brasileiros o filme, Caçadores de Vampiras Lésbicas (2009), não o vi, mas o título do longa fez-me lembrar o argumento de um documentário que tinha assistido. O documentário que estou falando é o The Celluloid Closet (O outro lado de Hollywood - 1995), dirigido e escrito por Rob Epstein e Jeffrey Friedman, a seguir faço uma breve descrição dele, selecionando algumas películas mostradas.
Ele começa da seguinte forma:
Hollywood, esse fenomenal fabricante de mitos, ensinou aos heterosexuais o que pensar dos gays e os gays o que pensar de si mesmos.
Essa frase acima tem uma análise bastante coerente, pois nossas idéias a respeito de quem somos não se originam só em nosso interior, vem da cultura, por exemplo, dos filmes. Deles podemos aprender o que significa ser um homem ou uma mulher, o que representa ter sexualidade. Segundo Zizek, segue o link para o comentário que fiz sobre o Guia do Pervertido do Cinema, o cinema é assim a arte pervertida por excelência. Ele não te dá aquilo que deseja, mas sim te diz como desejar. Ele ensina que um homem vestido de mulher é sinônimo de chacota, gozação, já uma mulher vestida de homem, na maioria das vezes é sexy, conseguindo atingir homens e mulheres ao mesmo tempo. Temos dois exemplos clássicos para estes casos. Marlene Dietrich em Marrocos (1930) e Greta Garbo, como a Rainha Christina, em 1933. Garbo nesse filme interpretava uma monarca sueca, verdadeiramente masculinizada. Hollywood trocou a história, mas parece ter ficado vestígios da trama original.

Foto 1 - Marlene Dietrich interpretando a cantora de boate Amy Jolly em Marrocos (1930)

Foto 2 - Garbo em trajes masculinos em Rainha Christina (1933)

Nessa mesma época, a censura partiu de todos os lados. Do clube das mulheres, de um político chamado Will Hays, e principalmente, da Igreja Católica em 1934. Essas organizações não só censuravam as películas, como também, promoviam boicotes. O lema da legião da decência era: Acceptable / Moraly Objectionable/ Condemned. Neste período, não só haviam atitudes contra, como leis que reprimiam o homosexualismo.

Entretanto, os filmes com temáticas homoeróticas continuaram a ser produzidos de maneira sutil e inteligente conseguindo, assim, transpor a censura. Os diretores escondiam mais os personagens desse tipo, mas eles continuavam presentes de forma indireta. E é incrível como se você para e pensa um pouco, tudo isso faz sentido. Veja a lista de clássicos que possuem a temática de maneira "subjacente":

1.
Foto 3 - Rebecca (1940) é um filme clássico do Hitchcock vencedor do Oscar de melhor filme
2.
Foto 4 - O Falcão Maltês (1941), um clássico do cinema norte-americano com Humphrey Bogart
3.
Foto 5 - Festim Diabólico (1948), também do diretor Hitchcock, narra a história de dois psicopatas que ao mesmo tempo são amantes.
4.
Foto 6 - A "movie star" Joan Crawford em um papel tipicamente masculino no filme Johnny Guitar (1954)

5.
Foto 7 - Paul Newman e Elizabeth Taylor em, Gata em Teto de Zinco Quente (1958), mesmo tendo o conteúdo mais explícito ao homosexualismo sido censurado, ainda ficam resquícios que nos levam a pensar nisso

6.
Foto 8 - Outro clássico do cinema, Ben-Hur (1959), a cena acima foi protagonizada por Charlton Heston (Ben-Hur) e Stephen Boyd (Messala), amigos desde a infância vêem no reencontro a possibilidade de reatar antigos laços

7.
Foto 9 - Katharine Hepburn e Elizabeth Taylor em cena do filme, De repente, no último verão (1959)

Sobre o filme estrelado por Katharine Hepburn e Elizabeth Taylor a crítica que receberam do The New York Time foi: "Filme de degenerados, trabalho de degenerados."Sobre o filme, ainda saiu um comentário de Bosley Crowther, um respeitado crítico da época, "Se gostar do incesto, da violação, da sodomia, do canibalismo, da degeneração, isto é um filme para você, este filme é repugnante."

8.
Foto 10 - Um grande filme do Kubrick, Spartacus (1960) traz Kirk Douglas no elenco e mostra as relações entre homens no antigo Império Romano

Após muito tempo no "armário", o tema é tocado explicitamente em The Children's Hour (1961).

Foto 11 - Shirley MacLaine e Audrey Hepburn no referido filme

Entretanto, ensinou que a ação das duas envolvidas Karen e Martha, respectivamente, Audrey Hepburn e Shirley MacLaine, deveria ser de culpa, aversão, doença, morte, que cometeu algo que deve ser pago, que se deve sofrer. E foi por isso que me lembrei desse documentário quando vi o título do filme das "vampiras". Porque o preço que deve ser pago, segundo ensina os filmes hollywoodianos da época, é o fim da vida, em todos os filmes, o personagem gay é morto. Isso é apenas invertido em 1972, no filme, Cabaret, que mostra o triângulo amoroso entre uma cantora de cabaré, um professor e um barão alemão.

O filme Cruising (1980) estrelado por Al Pacino é exemplo ainda que todos os gays devem ser mortos. A morte aos gays, as gozações, nele fica evidente que o termo gay virou algo normal, todo mundo usa, e nem o nota mais. Outros exemplos de importantes filmes que tem esse tipo de temática são:

9.
Foto 12 - Estrelado por Meryl Streep e Cher, Silkwood (1983)

10.
Foto 13 - Fome de viver é um filme de 1983, e na cena acima estão Catherine Deneuve e Susan Sarandon

11.

Foto 14 - A cor púrpura (1985) mostra o amor pueril entre duas mulheres, uma delas Celie (Whoopi Goldberg)

12.
Foto 15 - Cena do filme Thelma e Louise (1991), um clássico dos anos de 1990, com grandes atuações de Susan Sarandon e Geena Davis

13.

Foto 16 - Cartaz do filme Filadélfia (1993), com Tom Hanks e Denzel Washington. Não é um filme escândaloso ou o gay não é um tipo exótico, nem assassino, nem promíscuo, apenas tenta lutar por igualdade na sociedade que vive.

Abaixo, o trailer do documentário:

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Boas cenas, belas músicas

Foto 1 - Bette Davis como Baby Jane Hudson
Eu não canso de repetir, Bette Davis foi, e ainda é, o maior nome do cinema mundial. Além do meu fanatismo por ela, o que me impede de ser isento, suas perfomances falam por si próprias. E um dos vários exemplos do seu domínio sobre o interpretar e o se expressar está presente no longa What ever happened to Baby Jane? (1962). O primeiro vídeo, logo abaixo, serve apenas para apresentar a Baby Jane para vocês.

De uma figura grotesca, Miss Davis criou uma personagem tocante e convincente. As cenas foram excepcionalmente interpretadas e dirigidas. O filme sustentou um clima de pesadelo cru, sem sentimentalismos, que se adequava perfeitamente a atmosfera de Hollywood. Em um ambiente onde a competição, a inveja, o ciúme e o ressentimento eram reais, moram duas irmãs que há muito viveram no mundo do show business. Baby Jane Hudson (Bette Davis) é a irmã que vive da esperança de ser lembrada pelos fãs, tendo há muito deixado de ser uma super star. Enquanto isso, Blanche Hudson (Joan Crawford) que sofrera um acidente que a deixou paraplégica ainda é reconhecida como uma grande atriz de cinema. Tudo isso vai tornando cada vez mais o convívio entre elas bastante complicado, ao ponto de Baby Jane perder o senso do real, e passar a se comportar como uma boneca (remetendo as bonecas Baby Jane que eram vendidas quando a atriz ainda fazia sucesso). Dá para perceber que a gênese dos problemas psicológicos de Jane são causados porque todas as suas referências positivas estão no passado, quando era criança, e fazia sucesso. Entretanto, o resultado da velhice e do anonimato é esse que pode ser visto logo a seguir (abaixo pode ser visto o vídeo homenageado nesta postagem). Com uma excelente interpretação, veja como uma grande estrela (Bette Davis) se comporta diante das câmeras, e com uma boa música vos apresento Baby Jane Hudson cantando I'VE WRITTEN A LETTER TO DADDY. Por isso, essa é a nossa sétima, Boas cenas, belas músicas.

domingo, 1 de novembro de 2009

Distrito 9 (2009)

Foto 1 - Wikus (o primeiro da esquerda) no distrito 9 desalojando a população alienígena

O protagonista, Wikus Van De Merwe (Sharlto Copley) é funcionário da MNU - Multi-Nacional United, empresa privada que cuida do acampamento alienígena. Vale salientar, que esta multinacional está mais interessada no comércio de armas detidas do que nos direitos dos aliens. Durante vinte anos, desde sua chegada, os alienígenas estiveram em um espaço separados dos humanos, sem expectativa de voltar para seu planeta. Inclusive, os governantes viam a presença deles como fonte de gerar dinheiro. Pois buscavam lucrar com a venda do arsenal bélico capturado e queriam conhecer a tecnologia desse grupo. Por outro lado, a população comum queria que eles fossem cada vez mais segregados, ou que fossem, uma vez por todas embora. No acampamento chamado Distrito 9, onde eles viviam, se formou um mercado negro comandado pelos nigerianos. Antes de ver o longa, dei uma olhada no trailer, e inicialmente, pensei que se tratasse da questão do apartheid na África do Sul, claro que isso mudou no momento que vi aquela nave gigantesca no meio da cidade de Joanesburgo. Era apartheid, mas em outra perspectiva.

O filme aponta questões de conflito e de tensões relevantes. Quando visto em situação de competição com indivíduos estrangeiros, que não carregam verossimilhanças culturais, grupos tendem a se comportar de forma negativa e hostil. Hoje, um problema relevante tratado por aqueles que estudam migrações internacionais refere-se a essa animosidade, ou melhor, ao fenômeno do xenofobismo. Os extraterrestres foram alocados em um espaço logo abaixo da sua nave, pouco tempo depois, o ambiente tinha se transformado numa favela, com condições deploráveis, além disso, as pessoas comuns pouca informação tinha sobre o local e sobre o que acontecia alí. Sabe o que isso me lembra? A revolta dos jovens nos subúrbios da França em 2005. Eles viviam à margem desta sociedade sofrendo com o racismo, o desemprego e os baixos níveis de desenvolvimento social. Claro que estes indivíduos não eram europeus, muito menos franceses, eram "extraterrestres", que vieram da África, principalmente, das ex-colônias francesas.

Nada melhor do que falar de segregação estando na África do Sul. O filme nos dá algumas lições sobre o tema. Em uma das falas, já que no início o longa se passa como se fosse um documentário, uma mulher diz: "Pelo menos nos mantem separados deles." A abordagem trazida por Distrito 9 é uma nova forma para se falar em discriminação e preconceito. Quando se vê ameaçado, a primeira coisa feita pelos humanos, é tentar se distinguir de alguma forma dos membros do outro grupo. A separação entre o grupo humano e extraterrestre, ou branco e negro, civilizado e bárbaro, todas dicotomias são variações da manifestação da discriminação, ou seja, por pertencer a um grupo diferente do meu, eu dou um tratamento injusto ao outro. Dessa forma, todos os recuros considerados valiosos naquela sociedade são repartidos de forma desproporcional e iniqua. Decorrente desse relacionamento desigual, surge o preconceito, que é a atitude de se julgar uma pessoa com base nas características reais ou imaginárias de seu grupo, que no filme, tais características estão de fato marcadas corporalmente.

Foto 2 - Wikus transformando-se em alienígena

Além disso, parecemos ver aquilo que Thomas Hobbes disse no século XVII, o homem é lobo do próprio homem (Homo homini lupus), ou, há uma guerra de todos contra todos (Bellum omnia omnes). No filme, o homem parece estar no seu mais profundo estado de natureza. Sem nenhuma forma de controle ou coerção, todos buscam otimizar suas vontades. Por um lado, a MNU tenta a todo custo capturar o Wikus Van De Merwe para que ele possa operar o armamento que só é ativado com o DNA alienígena; o Wikus sem pensar em mais nada, tenta reverter a efetividade da mutação que toma conta dele, e que o fez ser caçado por todos os lados e negado pela própria esposa; já Christoper é o alien que tenta ajudar Wikus, entretanto, pensa primeiro nos seus pares.

Wikus como dito inicialmente, antes de ter sido infectado pelo vírus extraterrestre trabalhava para a MNU, e no dia da infecção estava desalojando os alienígenas de um acampamento para mandá-los para um outro, bem pior. Além disso, seguia-se os maltratos, as humilhações, os assassinatos e a morte dos filhotes ainda em estágio de ovos dos aliens. Ao passar para o grupo em desvantagem de poder, passa a perceber, de fato, como viviam e como na verdade, só queriam voltar para o seu planeta.
Nesse momento, após tantas atrocidades, você já está totalmente envergonhado de pertencer ao grupo dos seres humanos. Pior ainda, sabendo que aquilo é ficção, mas poderia muito bem ser real.

Acredito que o longa possui algumas falhas. Quero destacar o despreparo dos agentes frente as situações adversas. A infecção do Wikus foi algo primário, todo mundo sabe que não se deve manusear artefato inimigo ou estranho com as mãos desprotegidas, muito menos, levar ao rosto para cheirar. Outra coisa, as pessoas são extremamente ingênuas, na festa só não via que o cara estava passando mal quem não queria. Além disso, todo mundo já tinha percebido que o protagonista não iria morrer, inclusive, isso quase nunca acontece. O diretor deveria ter achado soluções mais criativas para essas cenas, ou então, sabendo que ele não iria morrer, não criar essas expectativas baratas.

Por fim, apesar das críticas recebidas pelo filme, na Nigéria, em particular, por tratá-los como criminosos, atrasados, feiticeiros e canibais, Distrito 9 cria uma alegoria criativa para se entender o problema das migrações modernas, da segregação, da manipulação de informações e da ausência de coerção imparcial. Não é um filme descartável, mas também, é menos empolgante comparado ao que se fala dele. Aconselho vê-lo, mas dá para esperar ele ser lançado em DVD, recomendo que você não vá ao cinema por conta dele. Resumindo, temática ótima, mas cinematograficamente, elementar. Ahh, e ainda é daqueles filmes que teimam em ter continuação, uma versão só era suficiente...

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District 9, Estados Unidos/Nova Zelândia – 2009. Dirigido por: Neill Blomkamp. Com: Sharlto Copley, Jason Cope, Nathalie Boltt, Sylvaine Strike, John Summer, William Allen Young. 112 min. Gênero: Ação e Ficção Científica.
Nota: 8.0