sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Oasis lá e Alceu aqui

Parece que dessa vez é sério. Todo mundo sabe das desavenças entre os irmãos Gallagher, e isso não é novidade para ninguém. Também não é novo o fato do Noel Gallagher querer sair do grupo ao qual pertence(ia) já há algum tempo. Agora, parece ser fato consumado e irreversível. O anúncio foi feito na página do grupo, após o cancelamento de um show no festival francês Paris Rock em Seine, marcado para a noite desta sexta-feira (28).

No original, "It's with some sadness and great relief to tell you that I quit Oasis tonight. People will write and say what they like, but I simply could not go on working with Liam a day longer. Apologies to all the people who bought tickets for the shows in Paris, Konstanz and Milan." Fonte, ver aqui.
O Oasis que se consagrou como um dos ícones de maior sucesso e influência dos anos de 1990 no cenário inglês do “britpop” tem seu futuro agora incerto. Eu realmente sinto bastante, e fico aguardando notícias para saber o desfecho de tudo isso e o que acontecerá ao restante dos componentes. Na foto acima, em primeiro plano da esquerda para a direita, Liam Gallagher, e no canto direito, Noel Gallagher.

Já a outra notícia é animadora. Trata-se da homenagem ao cantor pernambucano Alceu Valença que vai ao ar hoje no "Som Brasil" da Rede Globo. Além do próprio Alceu, estarão presentes interpretando as suas músicas, Khrystal, Silvério Pessoa e Giana Viscardi. E nessa celebração da música brasileira, não podia faltar os clássicos do cantor, tais como, Tropicana, Estação da Luz, Como dois animais, Anunciação, La belle de jour e Coração bobo. Quem quiser sentir um gostinho do que será o programa, basta clicar aqui.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Dá o cartão vermelho para ele

Eu não consegui agüentar. Ia apenas escrever amanhã sobre o fato ocorrido entre Sarney e Suplicy, ontem, no Senado Federal. Entretanto, depois de ter tomado ciência dos acontecimentos de hoje, resolvi escrever logo. Não resisti!

Nosso Senado é, realmente, uma graça. Tem de tudo! Tem os que fazem o estilo dissimulado, que mente a torto e a direito, e fazem cara de inocentes e injustiçados; tem os loucos que quando você pensa que vai tomar uma atitude firme, canta Blowing in the wind, mas quando você não dar nada por ele, e pensa que a pizza já foi servida, ele enfrenta a crise, dá cartão vermelho e volta novamente o holofote aos problemas da nossa Câmara alta; e tem os religiosos, que se utilizam de passagens bíblicas para tentar justificar os crimes dos outros, coisa do tipo, atire a primeira pedra, quem nunca se beneficiou de um ato secreto.

No mais, nota 10 a Suplicy, e 10 ao Heráclito Fortes que colocou de forma certa a parcela de culpa do presidente da República nessa história. Tudo bem, ele é da oposição, mas isso não o impede de ser coerente. Só não ver quem não quer, que o Presidente se fez valer da sua influência para que a inércia se fizesse valer no plenário do Senado e na Comissão de Ética. O Lula não sabia, mas com isso, ele deu uma aula de física mecânica. O princípio enunciado por ele, caracterizando para a política nacional, foi o de inércia legislativa. Ou seja, o caso Sarney foi bombardeado por um conjunto de forças de resultante nula. Neste caso, não há variação de status, a velocidade continua constante, e Sarney, na presidência do Senado. Galileu e Newton estão em festa no céu! Parece que no Brasil para se conseguir a tal governabilidade tudo se justifica. Dessa forma, voltamos ao sistema maquiavélico de governaça. Todos os meios de se preservar o poder são justos. Visto que os fins justificam os meios. Os federalistas ficariam abismados em Brasília, lá não há poder, controlando poder. Muito pelo contrário, a intromissão de um Poder em outro é feita descaradamente, e serve para conservar os interesses individuais. Enfim, vejam os vídeos a seguir e tirem suas próprias conclusões.

Dia 24/08/09


Dia 25/08/09




Boas cenas, belas músicas

Qual é a primeira coisa que vem a mente de vocês ao ouvir a canção, As time goes by? Na minha, vem três coisas, sem precisar fazer muito esforço. São elas, o filme Casablanca (1942), Ingrid Bergman e Frank Sinatra. Mesmo vários outros artistas tendo regravado a canção.

As time goes by é a canção tema do longa Casablanca. O filme está ambientado numa cidade de mesmo nome da película, no norte da África, e se passa durante a Segunda Guerra Mundial. Casablanca torna-se ponto de passagem para aqueles que estão fugindo da guerra. Além de rota de fuga, torna-se também, ponto de reencontro para Richard Blane (Humphrey Bogart) e Ilsa Lund (Ingrid Bergman) após um relacionamento relâmpago que tiveram em Paris. E adivinhem, não é difícil, qual era a música tema do casal? Nada mais, nada menos que As time goes by, ver letra aqui.

Em pensar que Casablanca era considerado na época um longa secundário, seus produtores enfrentaram vários problemas financeiros, sendo os imprevistos solucionados com muita criatividade. A verdade é que algumas produções são filmes que fazem sucesso momentâneo e entram para o anonimato, outros, por sua vez, tornam-se clássicos inesquecíveis da sétima arte. Faça sua escolha. Você prefere ver um filme de ação que só tem barulho como, "Velozes e furiosos", ou um ótimo trabalho da década de 1940? Seja pelos personagens e suas interpretações, pelos diálogos inesquecíveis, pelo romantismo e não sentimentalismo piegas e maestria de direção, sem dúdiva alguma, eu escolho ver pela centésima vez, Casablanca.

Mas falando agora da nossa cena escolhida, uma das mais lembradas do cinema, vejam abaixo a junção de cena e música que escolhi. Nela, a canção tema do filme é interpretada pelo fiel escudeiro do Richard Blane, o Sam. Sitam a delicadeza e a beleza da Ingrid Bergman! A seguir, a minha quinta, "Bela cena, boa música".


No mais, o filme recebeu 8 (oito) indicações ao Oscar. Levou 3 (três), Melhor filme, Melhor diretor e Melhor roteiro. Além de ter sido indicada nas categorias de: Melhor Ator (Bogart), Melhor ator coadjuvante, Melhor fotografia, Melhor edição e Melhor trilha sonora para comédia/drama. Abaixo, ainda é possível ver um vídeo raro, onde Frank Sinatra canta ao vivo para a Ingrid Bergman, a canção As time goes by.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Bette Davis Revisitado

Em um blog meu não poderia faltar uma postagem sobre a Bette Davis. Não era suficiente apenas uma foto sua, como pode ser visto, ela é a quarta da esquerda para a direita no cabeçalho do blog. O título do artigo é esse porque estou postando novamente um texto que já havia escrito anteriormente. Eu vou escrever na primeira semana de outubro um especial sobre nossa grande atriz, já que se vão 20 anos desde que ela nos deixou fisicamente. Por enquanto, fica essa minha primeira homenagem.

Dentre as grandes estrelas do cinema norte-americano, uma possui luz própria. Bette Davis foi modelo para seus colegas na arte da interpretação, e é referência para os amantes do cinema clássico americano. Na vida, era geniosa e temperamental. Criou várias inimizades com os colegas de trabalho. Mas sua personalidade sempre esteve associada a de uma mulher forte, sabedora de suas qualidades, que apostava no seu talento e que não admitia ser tratada como objeto pelos executivos dos estúdios. Para seu tempo, ela conseguiu algo praticamente impensável: ser o símbolo do mais puro feminismo quando nem mesmo o movimento estava consolidado. Ela ganhou dois Oscars de melhor atriz pelos filmes "Dangerous"(1935) e "Jezebel" (1938), mas para além dos prêmios recebidos, sem dúvida, assistir um filme seu, é proporcionar uma festa para os olhos. Para começo, indico "All About Eve"(1950), "What Ever Happened to Baby Jane?" (1962) e "Com a maldade na alma" (1964).

Tornou-se conhecida do público mais jovem quando, em 1981, a cantora Kim Carnes lançou a canção "Bette Davis Eyes" que se tornou um sucesso pelo mundo à fora. Nos EUA, ela permaneceu como a mais tocada nas rádios durante dois meses. No vídeo abaixo, você pode conferir o hit. As cenas iniciais são do filme "What Ever Happened to Baby Jane?". E a atriz que aparece é Joan Crawford, umas das atrizes da época que não se dava bem com Bette Davis. Daí a brincadeira de quem fez o vídeo, nas passagens em que Davis aparece, Crawford parece surtar e demonstrar enorme ódio. Aos 33 segundos, é passada uma cena clássica de "All About Eve", na qual a atriz dá um show de interpretação, e diz com todo seu charme e elegância: "Apertem os cintos de segurança. Vai ser uma noite turbulenta." Não estou conseguindo fazer o upload do vídeo para o blog, por conta disso, vou deixar o link para ele ser visto no youtube. Clique aqui.

Além da referência da música de Kim Carnes, outras homenagens estão nas músicas de Madonna - "Vogue", e do Bob Dylan - "Desolation Row". Além de ser citada no próprio cinema, em "Quem tem medo de Virgínia Woolf?", logo no início, no diálogo entre, Elizabeth Taylor e Richard Burton, e em "Todo sobre mi madre", do Almodóvar, neste é feita uma homenagem ao filme "All About Eve", e claro, à Bette Davis.

Há algum tempo, Bette Davis nos deixou (06/10/1989). No entanto, para os apreciadores do bom cinema, a impressão é que ela está viva, acessível através de seus filmes que nunca deixaram de ser exibidos na televisão, nas coleções de DVD, e nas biografias escritas a seu respeito. Esse culto em torno do nome de um artista é reservado apenas àqueles que aqui pisaram e conseguiram deixar sua marca. E é claro, Bette Davis é um desses mitos da sétima arte. Suas interpretações são altamente recomendadas. Não sem razão, Kim Carnes canta a beleza e expressividade do seu olhar. Pode conferir! Outra homenagem pode ser vista aqui, esta ao som de Dream A Little Dream Of Me nas vozes de Ella Fitzgerald & Louis Armstrong.

sábado, 22 de agosto de 2009

"Coração Vagabundo"

Esse é o nome do documentário sobre Caetano Veloso. Nele, ele "confessa ter medo da morte, mas menos do que tinha "quando era mais moço e mais narcisista". Aos 66, ele tem "saudades do equilíbrio e da elasticidade do corpo, da força dos cabelos, o jato de urina forte, as ereções firmes, a alegria física da juventude". Caetano Veloso odeia "a hipocrisia" e teme "o fanatismo". Ele acha que "dadas as revelações da personalidade pragmática do político Lula", a adesão de seu amigo e também músico Gilberto Gil ao governo, como ministro da Cultura (2003-2008) "não teve o caráter negativo" que ele temia." Basta esperar para conferir a estreia que será feita no dia 24, próxima segunda. Opiniões apimentadas e figuras conhecidas falando sobre o bahiano é o que não falta. É esperar para ver. Clicando aqui, é possível conferir o trailer do documentário.

Informações retirados da "Folha Online".

Outra notícia, é que o filme do Martin Scorsese (Shutter Island) que está sendo anunciado como o último do diretor, que falei no post que pode ser lido, clicando aqui, foi adiado para o dia 19 de fevereiro de 2010. Ele que estava marcado para ser lançado em outubro, foi adiado segundo a Paramount devido a fatores econômicos.

P.S.: Até que fim o Sport venceu! Tomara que seja a primeira de várias outras.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Toca Rauuuul!

Já está um pouco tarde, mas ainda há tempo para a homenagem do nosso blog, ao pioneiro do rock na terra brasilis. Há 20 anos, nosso Raulzito morria em São Paulo, mas ao mesmo tempo, entrava para a história da música brasileira como poucos. Perseguido pra valer pela ditadura, sempre foi alvo da censura. Exemplo disso, é a música Gospel, que repercurti na postagem do dia 17 desse mês.

Sua característica marcante, o deboche e a crítica social, sempre esteve presente em suas composições. Exemplo disso é a canção de 1973, Ouro de Tolo. Que o próprio cantor não acreditava no sucesso que ela fez, visto que a letra era de difícil entendimento, principalmente, por tocar nas questões do milagre econômico e da opressão política do período. Krig-Ha, Bandolo!

Segundo Raul, suas influências foram o rock'n'roll de Elvis Presley e o cinema de James Dean e Marlon Brando. Isso para o cantor significava que os filhos nesse momento podiam dizer que eram essencialmente diferentes que seus pais. Para o caso de Elvis, não significava apenas um cara com uma dança bacana, mas sim uma modificação comportamental, uma maneira distinta de ser, agir e falar. Além disso, gostava de mesclar sua influência estrangeira, com sua realidade local, daí seu interesse por Luiz Gonzaga.

Até hoje seu nome é lembrado, e sempre se ouve o clássico, Toca Rauuul! Suas canções onde quer que se vá, são sempre tocadas, e seu legado perpetuado. Ninguém melhor que ele para falar sobre as desilusões amorosas, e os problemas da vida. Por isso, vida longa ao Raulzito!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Filmes que quero assistir

Como é bom ver a Meryl Streep nas telonas do cinema. Ela que é uma sessentona, e que sessentona! Está mais ativa do que nunca. O filme da vez é “Julie & Julia”, e é esperado para estrear no Brasil em outubro desse ano. O longa conta a história de vida de duas mulheres que se cruzam porque aprendem a amar a arte de cozinhar. Julie Powell é uma nova-iorquina que perde o emprego e decide cozinhar diariamente as receitas da renomada culinarista Julia Child (Meryl Streep) e narrar suas experiências em um blog. No caso da Meryl Streep, ela já transitou por essa área, em “A Difícil Arte de Amar”, ela já foi uma escritora de matérias culinárias em Nova Iorque. Nesse filme, contracenava com Jack Nicholson. Enfim, como tudo que a nossa recordista em indicação de Oscars faz, vale a pena conferir mais esse. Para quem assistiu “Mamma Mia!” e gostou da atuação dela, esse deve ser fichinha. Está na lista! Abaixo é possível ver o trailer do filme. Agora, vou ver se o meu time se reabilita no brasileirão.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Boas cenas, belas músicas

“O Mágico de Oz” já estava na minha lista para participar dessa série de postagens, entretanto, não seria o da vez, pelo menos, não agora. Contudo, como no último sábado o filme completou 70 anos desde sua estréia nos EUA, resolvi antecipar a sua presença.

Não estou aqui para falar especificamente do filme, mas não irei perder a oportunidade. Acho que 99 entre 100 pessoas devem gostar desse longa. Eu vou ser a voz destoante desse grupo. Talvez (muito provavelmente) esteja analisando a película com os meus olhos contemporâneos, mas isso não é desculpa. O mérito de bons filmes é ser atemporal. E exemplo disso, e no mesmo gênero, musical, cito, “Alice no país das maravilhas”, considerado não menos clássico, e também, não menos antigo, e que em minha opinião tem muito mais coisas a ensinar do que “O Mágico de Oz”.

É bem verdade, que o filme trouxe revoluções cinematográficas consigo. Ele foi, por exemplo, o primeiro a usar a técnica de coloração das películas (técnica technicolor) usada quando Dorothy chega ao mundo encantado de Oz. Normalmente, quando não gosto de um filme, procuro vê-lo mais de uma vez, porque acredito que o problema seja a minha interpretação, e não o trabalho do diretor. No caso, de que estamos tratando aqui, assisti quando muito pequeno, e mais uma vez recentemente. E continuo com a mesma opinião. No que concerne ao enredo, acho a história muito fraca, muito lugar comum. Talvez, o melhor, e mais divertido dele, seja sincronizá-lo com o disco do Pink Floyd - "Dark Side Of The Moon". Por outro lado, há os que veem a história norte-americana do século XIX sendo contada no livro que deu origem ao filme. Para quem se interessar por essa faceta do livro ou do filme, há várias coisas na internet a respeito disso.

Entretanto, duas coisas são válidas. Os personagens são realmente inesquecíveis, não suas atuações, ou suas falas, mas suas fantasias. De fato, sempre vou me lembrar da “Bruxa má do oeste”, do leão covarde, do espantalho e do homem de lata. Já Dorothy, peço perdão, mas que garotinha mais chata! Ela apenas se salva pela interpretação da canção, que é disso que deveria tratar desde o início essa postagem. “Over the Rainbow” é mesmo um clássico do cinema, e eu não posso negar. E a versão de Judy Garland (Dorothy Gale) é mesmo uma das melhores. O filme ganhou dois Oscars, o de Melhor Trilha Sonora e o de Melhor Canção Original. Por que será? Por esses motivos, “Over the Rainbow” na voz de Judy Garland (Dorothy Gale) merece estar nesta seção, e ser mais uma “Boa cena, bela música” da série.


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O Maluco Beleza

Na semana em que relembramos os 20 anos sem Raul Seixas, é possível termos acesso a uma nova música dele que foi vetada pela ditadura. A canção é de 1974, e é mais uma parceria entre Raul Seixas e Paulo Coelho. Ela inclusive entrou em uma novela, mas teve suas estrofes totalmente alteradas. A gravação original ficou desde então com o produtor Marco Mazzola, que esperou até o momento em que houvesse tecnologia de áudio capaz que permitisse restaurar a canção, chamada “Gospel”, com qualidade. Para bolar um arranjo contemporâneo para ela foi chamado o Frejat, do Barão Vermelho. Ontem, pela primeira vez, no Fantástico, ouvimos a canção, que pode ser apreciada logo a seguir.

domingo, 16 de agosto de 2009

Filmes que quero assistir

Os filmes da vez são um “brazuca”, “Tempos de Paz” e o outro é o “Anticristo” do Lars Von Trier. Essa é a segunda vez que escrevo sobre filmes que quero assistir. Na época ainda postava em outro blog, para ver a primeira postagem, clique aqui.

1. Tempos de Paz

Do diretor Daniel Filho e com Tony Ramos e Dan Stulbach, se passa em 1945, logo após a Segunda Guerra Mundial. Trata da história brasileira que na época era governado por Vargas, e mesmo com o término da guerra, ainda vivia os seus resquícios. Confundido com um nazista fugitivo o personagem de Dan Stulbach vai dar uma aula de luta pela vida. Além disso, também falam que há verdadeiras lições de interpretação tanto do Stulbach, quanto do Tony Ramos. Estreou na última sexta-feira. Clicando aqui, você pode entrar no twitter do filme.


2. Antichrist

Como já disse, esse é o novo longa do dinamarquês Lars Von Trier. "Antichrist" conta a história de uma mãe que entra em depressão após a trágica perda de seu único filho. Tentando superar o trauma, seu marido - Willem Dafoe - propõe a ela que os dois viajem para o local que mais lhe desperte medo. O filme que foi lançado no festival de Cannes causou muita controvérsia. Houve críticos que disseram que ele é o melhor do diretor dos últimos anos, quanto teve aqueles que saíram rindo e vaiando dizendo ser o pior filme de terror dos últimos tempos. Só sei que engraçado ele não é, pelo que li, há várias cenas fortes. É esperar para ver! Estréia por aqui, no dia 28 desse mês.

Quem tiver sugestões, fique à vontade!

sábado, 15 de agosto de 2009

Viva! Viva! Viva a sociedade alternativa!

Muitos festivais aconteceram nos anos de 1960, e depois disso, entretanto, por que tanto se fala em Woodstock? Antes de tudo, o post se justifica porque hoje, comemora-se 40 anos da inesquecível “Exposição Aquariana” como também foi chamado o evento. Sendo mais exato, ele ocorreu entre 15 e 17 de agosto de 1969, em Bethel, perto de Nova Iorque. Um dos motivos, musicalmente falando para ele ser lembrado como símbolo de uma época, foram as atrações que compuseram esse mosaico de idéias, atitudes e mudanças de hábitos. Apenas para citar alguns, naqueles dias, tocaram Joan Baez, Janis Joplin, Creedence Clearwater Revival, Crosby, Stills, Nash & Young, Santana, The Who, Joe Cocker, Jimi Hendrix, dentre outros, além das negativas de peso, como a de Bob Dylan, Lennon, Led Zeppelin, Doors e Frank Zappa.

Tal como no filme “Hair - 1979” onde se cantava a música “Let the sunshine in” (ver vídeo abaixo), parecia que os jovens em Woodstock protestavam para que as pessoas abrissem seus corações e deixassem o sol entrar. Hippies que pregavam contracultura, que viviam em um tipo de anarquismo-socialista, que questionavam a política vigente, em especial, a guerra do Vietnã. Em suma, os cerca de meio milhão de pessoas que participaram do evento, criticavam o estilo de vida da classe média estadunidense, “o sonho americano”. Principalmente, o racismo cada vez maior no sul do país, e as mortes de Martin Luther King, Jr. e John F. Kennedy. Naquele verão de 1969 também foi inesquecível porque o homem caminhou na Lua pela primeira vez e Charles Manson cometeu os seus assassinatos.


Efeverscência cultural e social é sinônimo de Woodstock e anos 60. Do grupo de músicos que fizeram história naqueles três dias de 69, a base de muito sexo, drogas e rock’n’roll, muitos já morreram ou já não fazem mais shows, em atividade ainda, só três, Joe Cocker, Neil Young e Santana. E como não poderia deixar de ser, muito material foi lançado esse ano. Como os livros, Woodstock de Pete Fornatale; Aconteceu em Woodstock, de Elliot Tiber; The Road To Woodstock de Michael Lang; Woodstock – 40 Years On: Back To Yasgur’s Farm que é um box com seis CDs com os 33 shows realizados no festival; quem quiser ver um filme, mas que não é lançamento, indico o Woodstock: 3 Days of Peace & Music. Durante três dias, seja com sol ou chuva, os adolescentes dessa geração viveram de forma alternativa, sem medo de usar drogas e fazer sexo deliberadamente. Em Woodstock, um mundo novo foi possível.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O mestre do suspense comemora aniversário


Se vivo, ontem, 13 de agosto, Alfred Joseph Hitchcock completaria 110 anos de vida. Se hoje, filme de suspense é sinônimo de bastante sangue, pessoas fantasiadas ou monstros, nos filmes com a marca hitchcokiana, películas de suspense deviam abordar questões psicológicas e fazer uso do artifício da dúvida e de ambientes e situações claustrofóbicas. Por que comemorar 110 anos de quem já morreu há 29 anos? É simples, não é apenas a figura de Hitchcock que comemoramos, mas principalmente, suas obras e o seu legado.

É impossível não saber quem é ele. Ok! Pode-se não saber que quem idealizou uma das cenas mais emblemáticas do cinema, seguida de uma das trilhas não menos famosa foi o cineasta anglo-americano. Mas a cena do esfaqueamento de uma mulher enquanto ela tomava banho é uma das mais citadas e comentadas da história do cinema. O vídeo abaixo mostra a cena antológica do filme “Psicose”.


Os roteiros assinados por Hitchcock contem reflexões bastante densas. Uma pequena cidade invadida por pássaros violentos em "Os Pássaros", de 1963; uma secretária que se esconde em um hotel onde acontece uma série de assassinatos em "Psicose", de 1960; um policial que sofre de acrofobia e é designado para vigiar uma jovem com disposições suicidas em "Um Corpo que Cai", de 1958; um homem que furta e mata velhas senhoras ricas e banca de bom moço em “A sombra de uma dúvida”, de 1943; coisas curiosas acontecem em frente da janela de um fotógrafo engessado em "Janela Indiscreta", de 1954; um marido projeta a morte de sua mulher para herdar fortuna e vingar-se de uma antiga traição em "Disque M para Matar", de 1954;

Além dos enredos, também é característica sua aparecer nas suas próprias películas. Todo mundo se lembra de alguma das suas aparições. Nunca ganhou o cobiçado Oscar de melhor diretor, apenas um Prêmio Memorial Irving G. Thalberg pelo conjunto de sua obra. Além disso, no ano da sua morte (1980) recebeu o título nobiliárquico de Sir, que não chegou a usufruir. Os filmes desse diretor atemporal são extremamente recomendados. Caso perguntado qual diretor de cinema morto, eu gostaria que ressuscitasse para fazer apenas mais um filme, com certeza, ele seria uma das minhas opções.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Bye, bye CD

Thom Yorke líder da banda inglesa Radiohead mostra todo o seu desprezo pelo formato CD (compact disc) de comercialização musical. Na entrevista dada a revista The Believer, clique aqui para vê-la, o cantor diz que esse tipo de formato está superado, e que ele só fez adiantar em 20 anos o declínio do mercado de músicas. É claro que essa opinião é extremamente coerente com o que é praticado pela banda. O último álbum lançado pelo grupo (In Rainbows – 2007) podia ser adquirido por download, e o valor de compra seria dado pelo cliente/fã. Salientando, que ele também poderia baixar sem pagar nada! Para mais informações sobre o Radiohead, clique aqui. Realmente, os caras vieram para inovar, de fato, estamos em uma nova era, a era da hegemonia dos computadores, e do mundo virtual. Se a indústria fonográfica não mudar (o que também acho bem difícil) pelo menos toda essa reviravolta servirá para fomentar um espaço de debate sobre as novas tecnologias de informação e comunicação.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Boas cenas, belas músicas

Normalmente, eu costumo escrever essa coluna nos dias de terça-feira, entretanto, ontem foi um dia bastante corrido, e por isso, não deu para fazer antes. Mas vamos ao que importa. Essa é a terceira postagem da série, como disse no primeiro post desse blog, antes de ter meu próprio espaço para expôr minhas idéias, escrevia no mão no teto e chão no pé, e lá, é possível encontrar os outros dois textos desta série, para vê-los, clique nos links a seguir (parte I, parte II).

A cena do filme a seguir pertence a Quentin Tarantino e ao filme - "Pulp Fiction - Tempo de violência". Esta foi a película que alavancou a carreira do diretor, e ressucitou, a de John Travolta e deu um novo impulso na de Samuel L. Jackson e Uma Thurman. Além disso, o filme ganhou o Oscar de melhor roteiro original em 1995. O interresante nesse longa é como o diretor compõe o enredo. Pelo fato de não levar em consideração a ordem cronológica a risca, faz com que todos os atores e atrizes sejam protagonistas.

Na cena a seguir, vemos um monólogo de John Travolta sobre a questão moral de dar em cima ou não da mulher do chefe, enquanto, que Uma Thurman canta a bela música, "Girl, You'll Be a Woman Soon" de Neil Diamond e interpretada pela banda estadunidense Urge Overkill. Após uma noite drogando-se, Mia, interpretado por Uma Thurman, continua sua saga e não satisfeita utiliza novamente drogas e o fim disso tudo é possível ver no vídeo abaixo.



A primeira tomada já é muito boa, simples, mas boa. Só o ato dela apertar o play já dá uma bela fotografia de cinema. Depois disso, ela canta, dança e interpreta a música, passando de um lado para o outro de uma coluna, o que também é uma solução bem simples, mas também bem bela. Com um som legal e que entrou para história, essa é uma cena inesquecível por não possuir excessos de efeitos especiais, está tudo dentro dos limites. Por tudo isso, essa é a nossa terceira "Boa cena, bela música" da série.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

David Bowie outra vez no espaço

Por conta dos 40 anos do "Space Oddity", David Bowie vai relançar o álbum em versão dupla. O trabalho deve chegar às lojas em outubro com versões originais da época do lançamento, lados B e faixas inéditas. Nesse relançamento, é claro que teremos o som do single que dá nome ao LP - "Space Oddity". Essa música foi um dos motores para o sucesso do cantor inglês ficando ela no top 5 da Inglaterra. Para mais informações, como o playlist do cd, clique aqui.

U2 em 360 graus

Mais cedo estava vendo o dvd do U2 - Rattle and Hum - lançado em 1988, que além de conter os hits do grupo, também possui uma série de homenagens a caras do porte de B. B. King, John Coltrane, Billie Holiday, Rolling Stones, Beatles, Jimi Hendrix, Bob Dylan e Elvis Presley, ufa! Só gente de peso. Mas não é sobre isso que quero falar. Isso foi apenas o que me levou a procurar notícias sobre o quarteto irlandês.
E não é que há algum tempo eles já estão em uma nova turnê pela Europa?! Dessa vez, o nome é “Kiss the Future”, e o objetivo é divulgar o novo trabalho - No Line on the Horizon. Para informações sobre os shows, clique aqui. O U2 que sempre tem uma estrutura grandiosa em suas apresentações, traz agora a novidade de um palco que possibilita a visão dos espectadores em 360 graus. Para fotos dos shows, clique aqui. Ou seja, independentemente de onde esteja, o público pode ver os caras. Em resumo, esta é a maior turnê da banda em 30 anos de carreira, então, imaginem só! A meta do "Kiss the Future" é bater a já incrível marca de 389 milhões de dólares alcançada pela turnê "Vertigo" que ocorreu entre 2005 e 2007. Além disso, fiquem atentos, em 2010, o U2 deve passar novamente pelo Brasil.

domingo, 9 de agosto de 2009

Deus está morto, mas os Beatles não

Usando a velha frase de Nietzsche que muito pelo contrário não possui nenhuma conotação religiosa, como muitos acreditam, na verdade ela serve apenas como alegoria para compreender a modernidade. Mas o título convém para mostrar a enorme popularidade que os Beatles ainda ostentam mesmo tendo acabado há pelo menos 39 anos. Bandas ou personalidades surgem e desaparecem, entretanto os garotos de Liverpool nunca saem do hall da fama.Falando em popularidade, ontem, 08 de agosto comemoraram-se os 40 anos da famosa foto da Abbey Road, acima, uma foto da festividade. Por isso, muitos fãs se reuniram para celebrar o álbum e aquele que é considerado o mais importante dos caras. Tudo isso na faixa de pedestre mais conhecida do mundo! Do LP, eu sou fã principalmente da música, “Here Comes the Sun”. No mais, todo mundo já tirou em qualquer faixa de pedestre pelo mundo, uma foto como a conhecida dos Beatles, e eu não estou fora do grupo como pode ser visto abaixo.
P.S.: Suzy está no lugar errado, afinal de contas eu deveria ser o Lennon da história.

sábado, 8 de agosto de 2009

Elizabeth Taylor no Twitter!

Procurando notícias sobre Elizabeth Taylor, descobri que ela possui um Twitter. Quem quiser segui-la basta apenas acessar a página aqui. Ela que estrelou em filmes como: “Cleópatra”, “Quem tem medo de Virginia Woolf?”, “Gata em teto de zinco quente” e “Disque butterfield 8” e foi vencedora de dois Oscar, hoje, tem 77 anos e é viciada no Twitter, quem quiser, pode segui-la.

Blog novo, mas o porquê de “chá de poejo”?

Primeiro quero dizer que há algum tempo eu escrevo em blog. Minha primeira experiência foi no blog (Mão no teto e chão no pé) que eu compartilho com Gabriela. Mas a partir de hoje, resolvi fazer um para mim. Vou fazer um teste, e vejo se consigo alimentá-lo com postagens legais.

A idéia do nome. Surgiu ao ouvir a canção do Nirvana – Pennyroyal Tea. Em tradução literal, isso quer dizer, Chá de Poejo. O poejo é uma erva com muitos princípios ativos, usado para diversas enfermidades. Mas, quando usado em grande quantidade por gestantes pode causar aborto. Bom, o uso que faço é justamente esse. Para mim, escrever é colocar algo para fora, às vezes facilmente, mas às vezes forçadamente, tal como um aborto.

Como qualquer pessoa, tenho meus temas de interesse. Pretendo escrever sobre cinema, música, política, cotidiano, o que não impede que eu redija coisas sobre minha vida particular. Por enquanto, estou homenageando o cinema, o que pode ser visto na imagem do blog, em particular, com alguns personagens excêntricos, que se vocês não conhecem, poderão ter o prazer de conhecê-los aqui.

Pronto, é isso, acredito que como diz a descrição do blog, espero que eu possa sentar e beber o chá de poejo para poder destilar toda a vida que existe em mim. A seguir, vocês podem ver o vídeo da música “Pennyroyal Tea”. Sejam tod@s bem-vind@s!